Essas três letrinhas ganharam forte relevância no mundo corporativo. Cada uma delas engloba um conceito, sendo eles: meio ambiente, social e governança (do inglês Environmental, Social and Governance). 

Aderir às demandas ESG é algo que exige muito tempo e necessita de novos investimentos, mas hoje isso não se trata de modismo e sim da própria sobrevivência das empresas. Entenda melhor o conceito e seus efeitos na construção civil.

O que é ESG?

Os pilares do ESG são práticas sustentáveis para o meio ambiente, envolvimento social e de governança. Os critérios adotados pelo conceito ESG estão muito ligados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. 

O eixo compreendido na letra “E”, que representa o meio ambiente, diz respeito às ações da empresa em busca de reduzir o impacto de seus efeitos no meio ambiente. No campo social, entram as relações da organização com seus públicos, como comunidade do seu entorno, funcionários e fornecedores. Uma empresa que adota uma postura voltada ao ESG garante os direitos trabalhistas de seus colaboradores, por exemplo. 
Quando falamos de governança, tratamos do conceito que precisa estar mais fortalecido dentro do ESG, para que os outros eixos funcionem. Ele envolve práticas internas para a tomada de decisões importantes dentro dos parâmetros legais. Estratégias voltadas a evitar corrupção e garantir a transparência fiscal, assim como a gestão de riscos estão englobadas nesse conceito. Está intimamente ligada ao compliance.

Por que é importante adotar o ESG?

Uma pesquisa da PwC avaliou como empresas brasileiras veem a questão ESG em suas práticas tributárias e 81% delas consideram os incentivos fiscais relevantes ou muito relevantes para implementar práticas ESG. Em geral, os tributos costumam representar a maior contribuição que as empresas oferecem à sociedade, já que é por meio deles que o poder público financia obras e serviços públicos. Ao adotar o ESG, além de receberem incentivos fiscais, elas estão dando uma importante contribuição social. 

As empresas alinhadas às boas práticas ESG estão menos propensas a sofrerem problemas jurídicos ou trabalhistas, por exemplo. 

Outro dado importante, segundo a Bloomberg, é que a agenda ESG deve render US$53 trilhões em investimentos em 2025. Já a Brookfield foi incisiva e afirmou que empresas que não adotam o ESG acabam em cinco anos. 

Além disso, o público está atento às empresas que respeitam os conceitos de ESG e com o uso da internet e mídias sociais, ficou mais fácil fiscalizar como elas se comportam com relação a temas diversos.

O ESG na construção civil

Uma das formas mais evidentes de adotar o ESG na construção é reduzindo o consumo de recursos naturais, o que gera menor impacto ao meio ambiente, ao passo que resulta na diminuição de gastos no setor, o que beneficia a todos. 

Outra vantagem econômica é a atração de investidores, já que bancos e fundos de investimento valorizam muito as iniciativas voltadas ao ESG. 

O relacionamento com os stakeholders também é beneficiado, já que uma empresa que respeita o meio ambiente, envolve-se com causas sociais e é transparente em suas normas e políticas. Assim, transmite maior confiança, dialoga melhor com parceiros e profissionais e promove um ambiente de trabalho favorável.

Adotar o ESG é um desafio

Essa não é uma tarefa simples para o setor de construção civil, já que envolve um longo planejamento, criação de novos setores e mudança na mentalidade e nas diretrizes da empresa. É uma construção de longo prazo, mas que vale a pena e, conforme podemos perceber, pode custar a própria sobrevivência da empresa. 

Pode-se ir em busca de certificações para atestar a eficiência no consumo reduzido de água, energia elétrica, emissão de dióxido de carbono e na geração de resíduos, por exemplo. 
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